Antes do planejamento, o caminho: por que toda organização precisa de um roadmap?
O debate sobre planejamento estratégico ganhou força em meio às preparações para a COP30, quando muito se falou sobre a criação de um “mapa do caminho”. Afinal, o que é e por que é tão essencial? E o que tem a ver com a Teoria da Mudança?
12/1/20253 min read


Nos últimos meses, o debate sobre planejamento estratégico ganhou força em meio às preparações para a COP30, quando muito se falou sobre a criação de um “mapa do caminho” para orientar as ações climáticas do país. O conceito é fundamental e extrapola o contexto governamental: é um lembrete claro de que nenhuma estratégia, seja nacional, empresarial ou social, deve começar pelas ações. Ela começa pelo caminho.
Muitas organizações, porém, pulam essa etapa. Vão direto para metas, planos táticos, planilhas e cronogramas, acreditando que detalhamento é sinônimo de clareza. Mas planejamento não é apenas sobre o “como fazer”; antes disso, é sobre “por que fazer” e “onde chegar”.
E é exatamente por isso que o mapa do caminho (roadmap) é tão essencial.
O roadmap é o que cria unidade entre visão, valores, decisões e futuro.
Ele oferece um eixo estratégico que conecta a identidade da organização às escolhas que ela fará ao longo dos anos. Sem esse eixo, até os planos mais bem estruturados podem se transformar em um conjunto fragmentado de iniciativas, difícil de priorizar, medir e sustentar.
A lógica é simples: quando sabemos para onde queremos ir, fica muito mais fácil decidir como chegar lá.
A partir desse ponto, a pergunta inevitável surge: como construir esse mapa do caminho de forma concreta e participativa?
É aqui que a Teoria da Mudança aparece como uma das metodologias mais eficazes, especialmente para quem trabalha com impacto socioambiental, ESG, desenvolvimento organizacional, governança ou transformação cultural.
A Teoria da Mudança funciona como a engenharia reversa do futuro desejado: começamos pelo impacto que queremos gerar, seja reduzir emissões, ampliar acesso, transformar uma cultura, fortalecer relações com comunidades ou tornar um negócio mais sustentável, e voltamos passo a passo até o presente. Nesse processo, identificamos quais condições precisam existir, quais resultados devem ser alcançados e quais iniciativas fazem sentido.
Ela ajuda a responder perguntas importantes para as organizações se planejarem:
Por que essa mudança é necessária?
A quem ela beneficia?
Que efeitos queremos ver a curto, médio e longo prazo?
Que capacidades internas são indispensáveis?
Que riscos existem no caminho?
Quais são as rotas alternativas se algo não ocorrer como previsto?
O resultado é um roadmap robusto, coerente e orientado por evidências e não apenas por desejos ou práticas de mercado.
Além disso, a Teoria da Mudança tem um valor adicional: ela cria alinhamento. Diferentes áreas passam a enxergar o mesmo destino, a mesma lógica, a mesma intencionalidade. Isso influencia diretamente a governança, a tomada de decisão e a qualidade das estratégias que virão depois.
Organizações que constroem um roadmap baseado em Teoria da Mudança tendem a priorizar melhor, evitar retrabalho, conectar recursos a objetivos reais, gerar mais transparência, fortalecer sua cultura interna e acelerar processos de transformação.
Quando pensamos em temas como descarbonização, transição justa, diversidade, integridade, inovação ou responsabilidade social, essa clareza é ainda mais crítica. Esses temas não são apenas técnicas: são caminhos. Caminhos que precisam ser planejados com intenção.
Assim como países precisam de rotas claras para navegar desafios climáticos, organizações, sejam pequenas, médias ou grandes, públicas ou privadas ou do terceiro setor, todas precisam mapear seu próprio futuro.
A pergunta não é se elas precisam de um roadmap, a pergunta é se elas podem se dar ao luxo de planejar sem um. E talvez a resposta mais honesta seja: não podem.
Um bom planejamento só nasce quando o mapa do caminho já está desenhado. Quando sabemos onde queremos chegar, por que isso importa e quais princípios orientam as escolhas. Só então o planejamento estratégico se torna realmente estratégico e não apenas operacional.
A Teoria da Mudança é hoje uma das maneiras mais inteligentes, profundas e colaborativas de construir esse caminho.
Se sua organização está prestes a iniciar um ciclo de planejamento, revisitar sua estratégia ESG, fortalecer sua governança ou estruturar um programa de impacto, este é o momento ideal para criar seu roadmap.
Antes das metas, o caminho. Antes do plano, a direção.
Se quiser apoio para construir o mapa do caminho da sua organização, conte com a CausaMais para isso. Entre em contato conosco e saiba mais como podemos ajudar.
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